O analfabetismo dos internautas brasileiros que vejo é um grande incômodo. Alguns casos chegam a ser assustadores e tenebrosos.
O designer teve a capacidade de colocar a logomarca do jogo Portal numa página dedicada a uma Universidade Federal.
Meu depósito que ninguém lê.
Amarrado nas mãos e nos pés, incapacitado de fazer qualquer coisa, ele sente uma das dores mais insuportáveis do mundo. Seu corpo formiga e espalham-se frios de dormência por seus membros. Sua vista está embaçada, e seus gritos soam como expiros de um cachorro se afogando, pois a faca, fazendo som semelhante ao produzido quando tenta-se cortar uma caixa de papelão com uma lâmina dentada, já abriu sua laringe e o ar, obstruído pelo sangue que escorre no corte, não está mais saindo devidamente pela boca ou pelo nariz. Pensamentos ligeiros o dizem que ele irá morrer, e que não adiantaria mais ter esperanças de que os assassinos o solte. É então que, após perder muito sangue, ele passa a sentir os movimentos da faca um pouco mais suaves e despercebe a tração das raízes de seus fios de cabelo no couro-cabeludo devido ao maço que o decapitador está segurando firmemente. A visão deixou de ter sentido pra ele. Perdeu a percepção de sons, e não sentiu mais necessidade de gritar. Seus sentidos deixaram de existir, e é assim que acaba a vida de um adolescente russo de 17 anos por neo-nazistas.
E pensar que ele foi uma criança feliz, que brincava com seus irmãos e seus amigos de rua. Morando numa família com uma mãe dona de casa e um pai administrador de escritórios que passava os dois dias de todos os fins de semana na frente da televisão. Talvez ele imaginasse seu pai fazendo alguma outra coisa da vida. Talvez ele imaginasse que seus pais se separassem ou parassem de brigar devido à folga do homem da casa. Mas ele com certeza nunca imaginou que acabaria com uma morte tão cretina, com sua cabeça sendo equilibrada sobre seu peito por uma mão de luva preta, como se fosse cabeça de manequim.